THE IRAQ WAR WAS A WAR OF CHOICE, NOT NECESSITY
O presente ensaio baseia-se na análise da guerra no Iraque, tem por objectivo discutir sobretudo se esta guerra foi uma guerra de escolha dos Estados Unidos da América ou se foi uma questão de necessidade. A obra (Cobra II) explica muito bem as causas e os motivos que levam os EUA a fazerem a guerra contra o Iraque. Li alguns capítulos da respectiva obra e achei interessantes os testemunhos de pessoas que viveram aquela realidade.
Bush decide atacar o Iraque baseando-se nas bases que têm na Arábia Saudita e Kuwait. Aos olhos de muitos constava que este ataque visava a mudança do regime político ditatorial a que o Iraque estava submetido. Já que “a difusão da democracia em regiões como Médio Oriente e Golfo Pérsico é, pois um objectivo fundamental para Washington”[1]. Isto não nego. Para alem dos EUA, muitos outros países respiram e aspiram à democracia. Muitos foram contra e alguns a favor da invasão do Iraque. Mesmo assim, Bush decide invadir sem a permissão das Nações Unidas, assim como também o Iraque não cumpriu as resoluções impostas desde há doze anos pelas Nações Unidas. Como justificação da guerra, os EUA levaram duas bandeiras: uma bandeira de democracia e a outra de guerra preventiva contra a possibilidade da existência e fabrico de armas de destruição massiva no Iraque e armas que se desconfiavam que eram armas nucleares, químicas e biológicas. Estas justificações não estão a conseguir ganhar raízes. Milhares de mortes são uma realidade. Desde a invasão dos EUA até aos nossos dias.
“A guerra deve ser sempre um último recurso, só surgindo como admissível uma vez esgotados todos os meios políticos para o evitar. Por isso só é legítima, face ao Direito Internacional, nos casos claramente tipificados na Carta das Nações Unidas”[2]. Esta foi a posição que consistentemente defendeu o então presidente de Portugal Jorge Sampaio desde o início da crise no Iraque.
“A guerra deve ser sempre um último recurso, só surgindo como admissível uma vez esgotados todos os meios políticos para o evitar. Por isso só é legítima, face ao Direito Internacional, nos casos claramente tipificados na Carta das Nações Unidas”[2]. Esta foi a posição que consistentemente defendeu o então presidente de Portugal Jorge Sampaio desde o início da crise no Iraque.
Nos seus discursos, em particular no discurso (o eixo do mal), o presidente dos EUA transmite a ideia da prevenção contra os fundamentalistas islâmico. O exemplo concreto, são os Xiitas que estão no Irão, fazem deste país um dos países do eixo do mal. Com estas guerras, toda a zona do Iraque, Irão, Afeganistão, Síria, são países que têm uma aversão enorme aos EUA.
Em parte, concordo quando dizem que a guerra no Iraque foi uma guerra de escolha. Mas não concordo que esta guerra não tenha sido uma guerra de necessidade. Talvez antes de invadirem o Iraque não havia necessidade, mas agora pelo andamento da carruagem os EUA mostram a necessidade, não só pelo que o Iraque é, mas porque o envolvimento constante dos EUA em conflitos que não lhes dizem respeito tem como palavra-chave: mudar o regime do país em conflito e por detrás disto está a ideia de mostrar ao mundo o seu poderio político-económico e militar.
Entretanto, a competência e a sofisticação dos atentados de 11de Setembro, levou Bush e os seus aliados a calcularem as hipóteses pessimistas de que os outros já estavam a ser activamente preparados para qualquer embate. Daí que a administração Bush tenha dedicado a investiu em dinheiro, armas, refugiados, comunicação, facilidades de recrutamento, formação de quadros e enfim, como resposta adequada à queda das torres gémeas no verão de 2001. Sem saber em concreto quais protagonistas.
Em parte, concordo quando dizem que a guerra no Iraque foi uma guerra de escolha. Mas não concordo que esta guerra não tenha sido uma guerra de necessidade. Talvez antes de invadirem o Iraque não havia necessidade, mas agora pelo andamento da carruagem os EUA mostram a necessidade, não só pelo que o Iraque é, mas porque o envolvimento constante dos EUA em conflitos que não lhes dizem respeito tem como palavra-chave: mudar o regime do país em conflito e por detrás disto está a ideia de mostrar ao mundo o seu poderio político-económico e militar.
Entretanto, a competência e a sofisticação dos atentados de 11de Setembro, levou Bush e os seus aliados a calcularem as hipóteses pessimistas de que os outros já estavam a ser activamente preparados para qualquer embate. Daí que a administração Bush tenha dedicado a investiu em dinheiro, armas, refugiados, comunicação, facilidades de recrutamento, formação de quadros e enfim, como resposta adequada à queda das torres gémeas no verão de 2001. Sem saber em concreto quais protagonistas.
A meu ver, a guerra contra Iraque foi uma guerra de escolha e uma guerra de necessidade. Guerra de escolha, porque a escolha dos EUA em atacar o Iraque tem a ver com os jazigos petrolíferos do Iraque, depois do Afeganistão e com vista a repetir a proeza no Irão. A ideia era ganhar a guerra no Iraque, tomar o controlo do Médio Oriente e deixar ameaça aos países vizinhos e aos países produtores como a Síria e Arábia Saudita. Foi uma escolha notável no sentido de os EUA terem de projectar o poder doutro lado do mundo, até porque também os interesses económicos e estratégicos eram enormes.
Ainda tenho a realçar que “acerca do dito petróleo, cabe suspeitar que os Estados Unidos de América, sobretudo agora, não dependem tanto como dantes do aprovisionamento Médio-Oriental”[3]. Esta frase foi proferida em 2004, acrescento ainda que na minha óptica actualmente faz sentido este parecer, porque este foi sempre um dos objectivos dos EUA ao introduzir-se em vários conflitos que não lhes dizem respeito. E o Iraque é um alvo.
E a guerra foi necessária, porque os EUA tiveram a necessidade de evitar na medida do possível novos atentados no seu território e destruir todas as redes ameaçadoras, sobretudo a Al-Qaida, por um lado, e por outro lado “proteger aliados, livrar o mundo da ameaça geral que o terrorismo constitui, aceder a importantes jazigos petrolíferos e controlar o respectivo mercado (…)”[4]. E o Iraque de Saddam Hussein constituía várias ameaças para os Estados Unidos, por ser um país capaz de fomentar no plano financeiro a acção de grupos terroristas ligados ou não à Al-Qaida de a curto prazo os equipar com armas fora de comum, como as armas químicas e biológicas. Daí pensar em derrubar o inimigo.
Ainda tenho a realçar que “acerca do dito petróleo, cabe suspeitar que os Estados Unidos de América, sobretudo agora, não dependem tanto como dantes do aprovisionamento Médio-Oriental”[3]. Esta frase foi proferida em 2004, acrescento ainda que na minha óptica actualmente faz sentido este parecer, porque este foi sempre um dos objectivos dos EUA ao introduzir-se em vários conflitos que não lhes dizem respeito. E o Iraque é um alvo.
E a guerra foi necessária, porque os EUA tiveram a necessidade de evitar na medida do possível novos atentados no seu território e destruir todas as redes ameaçadoras, sobretudo a Al-Qaida, por um lado, e por outro lado “proteger aliados, livrar o mundo da ameaça geral que o terrorismo constitui, aceder a importantes jazigos petrolíferos e controlar o respectivo mercado (…)”[4]. E o Iraque de Saddam Hussein constituía várias ameaças para os Estados Unidos, por ser um país capaz de fomentar no plano financeiro a acção de grupos terroristas ligados ou não à Al-Qaida de a curto prazo os equipar com armas fora de comum, como as armas químicas e biológicas. Daí pensar em derrubar o inimigo.
Foram várias as convicções de Bush para atacar o Iraque e consequentemente derrubar os terroristas. Uma delas é “a convicção também de Bush e os seus colaboradores (Wolfowiz, Rumsfeld…) de que para secar as fontes do terrorismo é preciso alterar o mapa do Médio Oriente, esta motivação geopolítica também contempla a questão Palestina”[5].
Acrescento também que não elimino a consideração de que os EUA têm em implementar a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, a alternância no poder, a livre circulação das pessoas, num país como o Iraque onde a religião e a política são vividas com muita intensidade e as clivagens sociais têm influenciado bastante para não vivência e convivência democrática. E, no Iraque independentemente dos seus interesses na guerra, o poder vai parar aos Xiitas porque são a maioria, e os oprimidos passam a ser os Sunitas. E os problemas disto, os Xiitas são normalmente propensos ao fundamentalismo islâmico e a aplicação da lei islâmica no poder político. “A guerra é sempre uma tragédia, com o seu cortejo de mortes, de vítimas inocentes, de populações brutalmente desenraizadas, de destruição, de sofrimentos sem conta. É sempre um retrocesso terrível no caminho da moral de humanidade, do seu progresso, dos princípios civilizacionais pelos quais nos regemos e dos valores que defendemos”[6].
Para além de ilustrar o seu poderio económico, político, militar, a liberdade enquanto tal, e ganhar a popularidade internacional, os Estados Unidos da América têm uma estratégia compatível que consiste na estabilidade política mundial e na ordem internacional que passa necessariamente pelo uso da justiça. O que falta em muitos países no mundo. É por isso que se diz que – EUA é um mundo. Admito que posso ter argumentos tendenciosos, mas é o que se vê a nível da política interna e externa desta União.
Acrescento também que não elimino a consideração de que os EUA têm em implementar a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, a alternância no poder, a livre circulação das pessoas, num país como o Iraque onde a religião e a política são vividas com muita intensidade e as clivagens sociais têm influenciado bastante para não vivência e convivência democrática. E, no Iraque independentemente dos seus interesses na guerra, o poder vai parar aos Xiitas porque são a maioria, e os oprimidos passam a ser os Sunitas. E os problemas disto, os Xiitas são normalmente propensos ao fundamentalismo islâmico e a aplicação da lei islâmica no poder político. “A guerra é sempre uma tragédia, com o seu cortejo de mortes, de vítimas inocentes, de populações brutalmente desenraizadas, de destruição, de sofrimentos sem conta. É sempre um retrocesso terrível no caminho da moral de humanidade, do seu progresso, dos princípios civilizacionais pelos quais nos regemos e dos valores que defendemos”[6].
Para além de ilustrar o seu poderio económico, político, militar, a liberdade enquanto tal, e ganhar a popularidade internacional, os Estados Unidos da América têm uma estratégia compatível que consiste na estabilidade política mundial e na ordem internacional que passa necessariamente pelo uso da justiça. O que falta em muitos países no mundo. É por isso que se diz que – EUA é um mundo. Admito que posso ter argumentos tendenciosos, mas é o que se vê a nível da política interna e externa desta União.
El BV"HAJA PAZ"