Um olhar sobre o Mundo

Por Angola e o Mundo enquanto há vida...

Thursday, March 29, 2007

THE IRAQ WAR WAS A WAR OF CHOICE, NOT NECESSITY

O presente ensaio baseia-se na análise da guerra no Iraque, tem por objectivo discutir sobretudo se esta guerra foi uma guerra de escolha dos Estados Unidos da América ou se foi uma questão de necessidade. A obra (Cobra II) explica muito bem as causas e os motivos que levam os EUA a fazerem a guerra contra o Iraque. Li alguns capítulos da respectiva obra e achei interessantes os testemunhos de pessoas que viveram aquela realidade.
Bush decide atacar o Iraque baseando-se nas bases que têm na Arábia Saudita e Kuwait. Aos olhos de muitos constava que este ataque visava a mudança do regime político ditatorial a que o Iraque estava submetido. Já que “a difusão da democracia em regiões como Médio Oriente e Golfo Pérsico é, pois um objectivo fundamental para Washington”[1]. Isto não nego. Para alem dos EUA, muitos outros países respiram e aspiram à democracia. Muitos foram contra e alguns a favor da invasão do Iraque. Mesmo assim, Bush decide invadir sem a permissão das Nações Unidas, assim como também o Iraque não cumpriu as resoluções impostas desde há doze anos pelas Nações Unidas. Como justificação da guerra, os EUA levaram duas bandeiras: uma bandeira de democracia e a outra de guerra preventiva contra a possibilidade da existência e fabrico de armas de destruição massiva no Iraque e armas que se desconfiavam que eram armas nucleares, químicas e biológicas. Estas justificações não estão a conseguir ganhar raízes. Milhares de mortes são uma realidade. Desde a invasão dos EUA até aos nossos dias.
“A guerra deve ser sempre um último recurso, só surgindo como admissível uma vez esgotados todos os meios políticos para o evitar. Por isso só é legítima, face ao Direito Internacional, nos casos claramente tipificados na Carta das Nações Unidas”[2]. Esta foi a posição que consistentemente defendeu o então presidente de Portugal Jorge Sampaio desde o início da crise no Iraque.
Nos seus discursos, em particular no discurso (o eixo do mal), o presidente dos EUA transmite a ideia da prevenção contra os fundamentalistas islâmico. O exemplo concreto, são os Xiitas que estão no Irão, fazem deste país um dos países do eixo do mal. Com estas guerras, toda a zona do Iraque, Irão, Afeganistão, Síria, são países que têm uma aversão enorme aos EUA.

Em parte, concordo quando dizem que a guerra no Iraque foi uma guerra de escolha. Mas não concordo que esta guerra não tenha sido uma guerra de necessidade. Talvez antes de invadirem o Iraque não havia necessidade, mas agora pelo andamento da carruagem os EUA mostram a necessidade, não só pelo que o Iraque é, mas porque o envolvimento constante dos EUA em conflitos que não lhes dizem respeito tem como palavra-chave: mudar o regime do país em conflito e por detrás disto está a ideia de mostrar ao mundo o seu poderio político-económico e militar.

Entretanto, a competência e a sofisticação dos atentados de 11de Setembro, levou Bush e os seus aliados a calcularem as hipóteses pessimistas de que os outros já estavam a ser activamente preparados para qualquer embate. Daí que a administração Bush tenha dedicado a investiu em dinheiro, armas, refugiados, comunicação, facilidades de recrutamento, formação de quadros e enfim, como resposta adequada à queda das torres gémeas no verão de 2001. Sem saber em concreto quais protagonistas.
A meu ver, a guerra contra Iraque foi uma guerra de escolha e uma guerra de necessidade. Guerra de escolha, porque a escolha dos EUA em atacar o Iraque tem a ver com os jazigos petrolíferos do Iraque, depois do Afeganistão e com vista a repetir a proeza no Irão. A ideia era ganhar a guerra no Iraque, tomar o controlo do Médio Oriente e deixar ameaça aos países vizinhos e aos países produtores como a Síria e Arábia Saudita. Foi uma escolha notável no sentido de os EUA terem de projectar o poder doutro lado do mundo, até porque também os interesses económicos e estratégicos eram enormes.
Ainda tenho a realçar que “acerca do dito petróleo, cabe suspeitar que os Estados Unidos de América, sobretudo agora, não dependem tanto como dantes do aprovisionamento Médio-Oriental”[3]. Esta frase foi proferida em 2004, acrescento ainda que na minha óptica actualmente faz sentido este parecer, porque este foi sempre um dos objectivos dos EUA ao introduzir-se em vários conflitos que não lhes dizem respeito. E o Iraque é um alvo.
E a guerra foi necessária, porque os EUA tiveram a necessidade de evitar na medida do possível novos atentados no seu território e destruir todas as redes ameaçadoras, sobretudo a Al-Qaida, por um lado, e por outro lado “proteger aliados, livrar o mundo da ameaça geral que o terrorismo constitui, aceder a importantes jazigos petrolíferos e controlar o respectivo mercado (…)”[4]. E o Iraque de Saddam Hussein constituía várias ameaças para os Estados Unidos, por ser um país capaz de fomentar no plano financeiro a acção de grupos terroristas ligados ou não à Al-Qaida de a curto prazo os equipar com armas fora de comum, como as armas químicas e biológicas. Daí pensar em derrubar o inimigo.
Foram várias as convicções de Bush para atacar o Iraque e consequentemente derrubar os terroristas. Uma delas é “a convicção também de Bush e os seus colaboradores (Wolfowiz, Rumsfeld…) de que para secar as fontes do terrorismo é preciso alterar o mapa do Médio Oriente, esta motivação geopolítica também contempla a questão Palestina”[5].
Acrescento também que não elimino a consideração de que os EUA têm em implementar a liberdade de expressão, a liberdade religiosa, a alternância no poder, a livre circulação das pessoas, num país como o Iraque onde a religião e a política são vividas com muita intensidade e as clivagens sociais têm influenciado bastante para não vivência e convivência democrática. E, no Iraque independentemente dos seus interesses na guerra, o poder vai parar aos Xiitas porque são a maioria, e os oprimidos passam a ser os Sunitas. E os problemas disto, os Xiitas são normalmente propensos ao fundamentalismo islâmico e a aplicação da lei islâmica no poder político. “A guerra é sempre uma tragédia, com o seu cortejo de mortes, de vítimas inocentes, de populações brutalmente desenraizadas, de destruição, de sofrimentos sem conta. É sempre um retrocesso terrível no caminho da moral de humanidade, do seu progresso, dos princípios civilizacionais pelos quais nos regemos e dos valores que defendemos”[6].
Para além de ilustrar o seu poderio económico, político, militar, a liberdade enquanto tal, e ganhar a popularidade internacional, os Estados Unidos da América têm uma estratégia compatível que consiste na estabilidade política mundial e na ordem internacional que passa necessariamente pelo uso da justiça. O que falta em muitos países no mundo. É por isso que se diz que – EUA é um mundo. Admito que posso ter argumentos tendenciosos, mas é o que se vê a nível da política interna e externa desta União.
El BV"HAJA PAZ"

4 Comments:

At 12:15 PM, Anonymous Anonymous said...

Falamos das razoes para os EUA atacarem o Iraque...que razoes...a democracia...bombas...sera que se lembram de que exitem estudos que demonstram que nao exitem bombas em solo Iraquiano...democracia, que democracia se nem os proprios EUA vivem numa democracia perfeita??? E eu pergunto independentemente das razoes apresentadas ao mundo o que é que ligitima a guerra? O que é que justifica matar, tirar a vida, deixar crianças orfãs, pessoas desempregadas, o que é que justifica a destruição de um país, a democracia que não existe? A democradia que nao foi implementada ainda hoje?
Hoje fala-se de conspiração quando se refere ao 11 de Setembro...e existem argumentos bastante convincentes...necessidade ou escolha...Necessidade de mostrar o seu poder económico e militar, de acabar com o terrorismo, de mostrar que têm poder para que as ameaças acabassem, para destruir as redes de terrorismo e eu pergunto e conseguiram...a resposta é nao...entao não havia necessidade!
Depois existe ainda a afirmação de que a guerra aconteceu por causa dos poços de petróleo e eu digo...o petroleo daki a nada acaba e de que é que vai servir terem os poços de petroleo...em vez de se preocuparem em criar recursos sustentáveis para melhorar as condiçoes ambientais...nao, andam atrás de poços de petroleo que de uma maneira ou de outra não sao o mais viável nem para o ambiente, nem para a economia a longo prazo.
Axo portanto que esta guerra serve para duas coisas, 1ª matar pessoas e destruir países, 2ª deixar de acreditar até nos países com maior poder do mundo! Porque afinal a democracia desejada nao existe e as pessoas hj vivem pior no Iraque que quando Hussein governava. A nível económico, político e mesmo a nível da segurança e estabilidade.
Cada vez acredito mais que a política tem de mudar no sentido de deixar de esquecer as pessoas que estão por trás de sua própria invenção.
Por fim acredito que os EUA deviam preocupar-se mais com a estabilidade do seu próprio país que é cada vez mais injusto e desigual do que com a justiça internacional que é vista pelos EUA pelos seus olhos e não pelos olhos da verdadeira necessidade desses países.

 
At 7:31 PM, Anonymous Anonymous said...

Benvindo Luciano

Parabéns pelo excelente e esclarecedor artigo. Peço-lhe autorização para usá-lo como texto de estudo onde leciono.
Gostaria de ressaltar o que um economista declarou sobre os motivos da guerra: se for o petróleo os estadunidenses não sabem fazer conta, este será o prtróleo mais caro do mundo. Creio que o maior motivo desta insana guerra foi o compromisso de Bush com seus financiadores: a indústria bélica dos EUA. Sim esta guerra guerra tem como objetivo amior dar lucro, altos lucros, aos empresários do setor bélico e esperam à engenharia de construção e dos demais setores para reconstruir um país. Empresas estadunidense já abriram filiais em vários países da Europa, Ásia e América e irão aparecer mascaradas para reconstruir o Iraque. Os estadunidenses não sabem que todo o mundo, os iraquianos também, não já percebem esta manobra? Não estão menosprezando demais a inteligência dos outros?

 
At 6:29 AM, Anonymous Anonymous said...

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